17 de jul. de 2013

Notas de uma ru(ss)a


   Acabo de conversar brevemente com uma russa em plena Rua da Praia; não lembro de qual cidade ela citou que veio, mas lembro que falou que era um local muito frio. Provavelmente deve estar se sentindo em casa agora, visto que chegou o outono oficialmente. As ruas recendem a uma mistura de cheiros de casacos novos e guardados por longo tempo.
   A tal russa tinha um jeito de budista; na real acho que era hare-krishna. Distribuía livros de auto-ajuda e espirituais. A oferta era livre, quaisquer moedinhas. Acabei não levando nada. Fiquei me sentindo mal por isto.
   Entrei em uma cafeteria e pedi um café para levar. O dia acordou cinza e ainda não ganhou cores. Mas todos parecem mais vivos; talvez pelo contraste de tons. Andei com o café na mão; continuei me sentindo mal. Vou voltar e comprar qualquer livro. A história por trás do livro é ainda mais interessante.


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