21 de dez. de 2011

A perda

Como pude perder ela?
O que fiz de errado?!

Só damos valor àquilo que perdemos; já me disseram isto!
Burro  fui ao não perceber meu erro.
Se tivesse me tocado antes. Se eu pudesse voltar no tempo.
Onde foi que errei...? Onde foi que me perdi?
Onde?!

Ah, o arrependimento... O que farei agora?
Não posso voltar no tempo. O que farei agora?
Como remediar?
O que farei?!

Penso, repenso e fico tenso. Lembro... ou tento lembrar.
Apaguei da memória.
Não há mais tempo à perder.
Como farei?!

Por que não aprendi?
Por que?
Por que não aprendi  a viver sem ela?
Por que virei um escravo de sua presença?!

Tudo passa (ou tenta passar) como um filme em minha cabeça.
Os últimos minutos; o último contato.
A última vez que deixei-a sobre a cama.
Quando fechei a porta e a vi pela última vez.

Ah...
Ah, se eu soubesse...
onde...
deixei...
minha...
CALCULADORA!

Tenho prova de cálculo em 10 minutos.
Ai de mim.

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